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O que é o Espiritismo? Quais seus contraditores?

​Allan Kardec não fundou o Espiritismo, não foi uma descoberta, nem uma invenção, ele apenas codificou, organizou, deu lógica didática a Doutrina dos Espíritos.

As pessoas que têm apenas um conhecimento superficial do Espiritismo são naturalmente inclinadas a formular certas questões, cuja solução podiam, sem dúvida, encontrar em um estudo mais completo. Mas o tempo, e frequentemente a vontade, lhes faltam para se entregarem a observações continuadas.


Partindo do começo, vamos esclarecendo o que é o Espiritismo:

O Espiritismo é ao mesmo tempo uma Ciência de observação e uma Doutrina Filosófica. Como Ciência prática, ele consiste nas relações que se podem estabelecer com os espíritos; como Filosofia ele compreende todas as consequências morais que decorrem dessas relações. Podemos defini-lo assim: O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, da origem e da destinação dos Espíritos, e das suas relações com o mundo corporal. (Allan Kardec – O que é o Espiritismo, Preâmbulo)


DOUTRINA E SEUS CONTRADITORES


Doutrina → Da etimologia latina doctrina que, por sua vez, vem de doceo "ensino". O sentido mais antigo é de ensino ou aprendizado do saber em geral, ou do ensino de uma disciplina particular.

Modernamente tomou o sentido de um conjunto de teorias, noções e princípios coordenados entre eles organicamente que constituem o fundamento de uma ciência, de uma filosofia, de uma religião etc.

Doutrinário → pessoa que obedece rigidamente aos princípios da própria doutrina, dando mais valor à teoria do que à prática.

A Doutrina dos Espíritos (ou o Espiritismo) tem o seu conjunto de princípios, catalogados por Allan Kardec. O Codificador deixa bem claro que os ensinamentos – contidos em suas obras – não são seus, mas expressão fiel das comunicações dos Espíritos superiores, desejosos de auxiliar a nossa evolução espiritual. Entre os seus princípios fundamentais estão: Existência de Deus, Reencarnação, Mediunidade, Lei de Causa e Efeito, Pluralidade dos Mundos Habitáveis etc.

Os contraditores → são as pessoas que se opõem às ideias, aos sentimentos e às opiniões de alguém. Para os que sabem aproveitar, os adversários são pessoas úteis, porque nos apontam os defeitos que temos de corrigir.

No âmbito dos ensinamentos espíritas, Allan Kardec observa que a maior parte das objeções que se fazem à doutrina provêm de uma observação incompleta dos fatos e de um julgamento precipitado. O espírita sincero não deve temer a crítica e a oposição, pois isso fortalece o próprio Espiritismo. Exemplificando: a queima de livros em Barcelona não pôs em evidência o conteúdo doutrinal?

Allan Kardec, em O que é o Espiritismo, narra três diálogos com os seus contraditores: o Crítico, o Cético e o Padre. Deixava entrever que, se uma pessoa fosse procurá-lo para discutir, ela já teria estudado a questão sob todas as suas faces, visto tudo o que se podia ver, lido tudo o que sobre a matéria se tinha escrito e analisado e comparado as diversas opiniões. Para o crítico, por exemplo, que se diz ex professo, e que deseja publicar um livro demonstrando que o Espiritismo está em erro, Allan Kardec diz: "Se o Espiritismo é uma falsidade ele cairá por si mesmo; se, porém, é uma verdade, não há diatribe que possa fazer dele uma mentira".

Quem são os contraditores da atualidade?

Na atualidade, o Espiritismo tornou-se uma espécie de status social, ou seja, dizer-se Espírita dá uma certa supremacia sobre as demais religiões. As contradições, assim, são mais veladas e se mantém no nível de ideias, principalmente aquelas calcadas pelas religiões dogmáticas, que insistem em dizer que o Espiritismo é coisa do diabo, do demônio. Observe a negação sistemática do Padre Quevedo. Para ele, os fenômenos mediúnicos são fraudes. Em todos eles, ele contra-ataca com uma fundamentação da Parapsicologia.

Dentre todas a contradições, a pior é a contradição conosco mesmos. Será que temos plena convicção do que professamos? Seguimos o Mestre até o sacrifício na cruz? Ou por qualquer dificuldade largamos o barco e procuramos outro credo?


Fonte:Sérgio Biagi Gregório

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